Plano de cargos e salários pode ser ferramenta de motivação da equipe

Documento pode ser um diferencial para a atração e a retenção de talentos.

Além do benefício alimentação, há outros aspectos oferecidos pelas empresas valorizados pelos colaboradores. Um salário compatível com o mercado de trabalho e uma perspectiva sobre promoção e desenvolvimento de carreira podem agradar os profissionais. Por isso, ter um plano de cargos e salários pode ser um diferencial para atrair e reter talentos.

De acordo com informações da Gupy, plataforma que oferece soluções na área de Recursos Humanos, o plano de cargos e salários reúne todas as informações sobre funções, requisitos e remuneração da empresa. Para o colaborador, o documento é uma forma de visualizar onde se pode chegar e como esse caminho pode ser feito.

Quando somada a um pacote de benefícios atrativo, um ambiente organizacional saudável e à transparência das lideranças, o plano de cargos e salários torna uma empresa mais competitiva. No entanto, para elaborar o documento, os gestores devem estar atentos a algumas questões. A primeira delas é que as informações precisam ser compatíveis com o mercado e a realidade da empresa para não gerar quebra de expectativas na equipe. 

Vantagens para profissionais e organizações

Para o Sebrae, o plano de cargos e salários pode ser visto como o caminho que cada colaborador percorrerá em uma empresa. Uma profissional que atua como analista de marketing júnior, por exemplo, consegue visualizar, por meio do documento, quais são as competências necessárias para ser promovida. 

O plano mostra o “caminho das pedras” para cada colaborador, oferecendo uma previsibilidade do que será feito nos cargos futuros. Ter acesso a esse tipo de informação é algo que pode trazer motivação para a equipe, já que assim ela consegue perceber a possibilidade de crescimento na empresa e buscar o desenvolvimento para conquistá-lo. 

Para as organizações, elaborar um plano de cargos e salários também traz vantagens. Com o documento finalizado, os líderes e gestores conseguem ter informações pertinentes sobre cada cargo, facilitando o recrutamento e a seleção de novos profissionais. 

A política também ajuda no planejamento financeiro das empresas. Isso porque, com os cargos futuros já definidos, incluindo suas competências e remunerações, é possível realizar uma projeção mais eficiente para a tomada de decisões. 

Todos esses aspectos juntos ajudam a manter o clima organizacional mais saudável e em equilíbrio, contribuindo nos processos operacionais e evitando desvios de função e acúmulo de tarefas. Por isso, as vantagens para a organização incluem manter a equipe motivada e reduzir a taxa de turnover.

Como fazer um plano de cargos e salários? 

O plano de cargos e salários pode ser feito em uma planilha, documento em Word ou uma página específica da intranet da organização, contendo uma linguagem clara e objetiva. No documento, é preciso definir como os colaboradores poderão evoluir, quais serão os critérios e indicadores utilizados para fazer esta avaliação, de quanto em quanto tempo isso irá acontecer, quais as atribuições de cada cargo e as remunerações. Além disso, a empresa precisa estar aberta para tirar dúvidas que possam surgir.

Pense em cada cargo da organização 

O ponto de partida para a elaboração do documento é pensar nas atribuições de cada cargo, além das competências técnicas e comportamentais para assumir o posto. Aqui é importante que os líderes e gestores sejam sinceros e objetivos, adicionando informações que contemplem as necessidades de cada setor. 

É possível dividir os cargos em categorias como auxiliar, analista e assistente, mas isso depende do porte da empresa. Além disso, dentro de cada categoria há os níveis hierárquicos: júnior, pleno e sênior.

Ao descrever cada nível e cargo, é fundamental pensar em descrições acessíveis que possam ser compreendidas pelos colaboradores. A ideia do documento é motivá-los e não deixá-los com a sensação de que crescer na empresa é uma missão impossível. 

Defina critérios para as promoções

Agora é hora de pensar em como o profissional poderá subir de nível. Para isso, é preciso definir regras para avaliar suas competências e indicadores de desempenho para que a promoção seja justa e coerente. 

Em alguns casos, para subir de nível é necessário que o colaborador aumente o seu conhecimento na área realizando cursos de capacitação, com realização de prova e emissão de certificados.

Há empresas que estabelecem periodicidade para fazer uma promoção. Juntamente com a exigência de cursos, exigem que o funcionário tenha um tempo de experiência no cargo e nível atual. Outras solicitam avaliações com toda equipe para ter uma análise do desempenho de seus colaboradores. 

Independente da escolha, é importante que os critérios para a promoção sejam descritos no documento para os funcionários poderem estar cientes das exigências da empresa.

Defina regras para a remuneração 

A remuneração é um dos tópicos mais interessantes para os colaboradores em um plano de cargos e salários. No entanto, para defini-la, é preciso avaliar questões específicas, como: 

qual é o salário base de cada cargo? Qual será o reajuste de um nível para o outro? Qual será o valor máximo que um colaborador poderá ganhar dentro da empresa? 

Questões como estas precisam ser respondidas, mas para isso, os líderes e gestores precisam se atentar a dois fatores. O primeiro é a compatibilidade com o mercado de trabalho. É preciso saber os valores praticados pela concorrência.

O segundo fator é pensar na realidade financeira da organização. Algumas empresas fazem o aumento de salário apenas seguindo a vontade dos gestores, mas a prática pode ser bastante perigosa para a saúde da empresa e gerar a insatisfação da equipe. 

Quando a organização estabelece remunerações que não condizem com a realidade financeira da empresa, pode gerar quebra de expectativa no colaborador que cumpriu com todas as exigências solicitadas, mas não terá o aumento prometido.